Uma ocorrência iniciada pelo relato de “barulhos estranhos” culminou na prisão de três pessoas por furto de um animal e posse ilegal de arma de fogo, na madrugada de domingo (12), no setor Chácaras da Empaer. A ação foi desencadeada pelo chamado de uma moradora, por volta das 00h40, que acionou a 10ª Companhia Independente da Polícia Militar.

De acordo com o boletim de ocorrência, a solicitante contou aos policiais que ouviu vozes e ruídos por alguns minutos, seguidos por um intenso latido de seus cães. Ao investigar o exterior de sua residência, ela se deparou com uma cena preocupante: uma faca e um pedaço de madeira, ambos com vestígios de sangue, uma poça de sangue no chão e marcas de arrasto no solo. Imediatamente, a Polícia Militar foi acionada novamente.

Ao chegarem ao local, a guarnição confirmou os indícios. Foi quando uma vizinha, P.P.R., se aproximou e informou que era a proprietária de um porco que havia desaparecido. Ela também relatou ter ouvido um disparo de arma de fogo nas proximidades pouco antes, suspeitando que o sangue encontrado fosse de seu animal.

Seguindo o Rastro de Sangue

Seguindo as marcas e os vestígios, os policiais foram conduzidos até uma residência próxima. No local, observaram sinais de uma tentativa de limpeza rápida: a varanda estava com o piso molhado e havia uma vassoura ainda úmida. No entanto, respingos de sangue na porta de entrada denunciavam a cena.

Ao contato dos militares, uma mulher, identificada como E.L.S., de 39 anos, saiu da casa visivelmente nervosa. Questionada sobre o sangue, ela afirmou, em um primeiro momento, que os vestígios eram de galinhas que haviam sido abatidas anteriormente. A versão, porém, não convenceu a equipe, que notou uma pequena poça de sangue fresco em um carpete próximo à porta.

Diante da inconsistência no relato e dos fortes indícios, os PMs solicitaram entrada no imóvel, o que foi negado por E.L.S. Com base no flagrante delito, a guarnição procedeu com o acesso à residência.

Cena no Interior da Casa Confirma Fato

Dentro do banheiro da casa, os militares encontraram a prova definitiva do crime: a cabeça do porco furtado, buchadas (parte do estômago do animal, comum na culinária) e o corpo do animal, ainda molhado, apresentando uma perfuração compatível com um disparo de arma de fogo.

Diante da evidência, E.L.S. e seu filho, W.L.S., de 18 anos, receberam voz de prisão. Questionados sobre a arma, E.L.S. informou que o disparo que matou o porco havia sido efetuado por seu esposo, C.C.N., de 29 anos, que teria fugido para uma área de mata ao avistar a viatura da PM.

Minutos depois, o próprio C.C.N. retornou ao local e confessou o crime. Ele admitiu ter atirado no animal e, com a ajuda do filho, arrastado o corpo até dentro de sua casa. O homem também indicou aos policiais onde havia escondido a arma utilizada: uma espingarda de pressão, adaptada para o calibre .22, que foi lançada dentro de uma fossa. O armamento foi recuperado com a ajuda do próprio suspeito.

Condução e Encaminhamento

Os três envolvidos – E.L.S., W.L.S. e C.C.N. – foram detidos e encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Aripuanã para as providências cabíveis. De acordo com a PM, nenhum deles apresentava lesões corporais aparentes e a condução até a delegacia foi realizada sem a necessidade do uso de algemas.

O caso, que começou com um simples relato de barulho, expôs um furto seguido de abate ilegal de animal e a posse de um armamento proibido, resultando na prisão em flagrante de toda a família envolvida.

Fonte: Rádio Navegantes FM/Top News