Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) emitiu um alerta epidemiológico sobre a crescente incidência de malária no estado. Entre janeiro e setembro de 2025, foram registrados 553 casos da doença em 23 municípios, sendo 513 considerados autóctones, ou seja, transmitidos dentro do próprio território estadual.
Aripuanã e Colniza concentram mais da metade dos casos autóctones, com 139 e 63 ocorrências, respectivamente. Outros municípios com número significativo de notificações incluem Pontes e Lacerda, Rondolândia, Vila Bela da Santíssima Trindade, Peixoto de Azevedo e Conquista D’Oeste.
A análise mensal mostra variação no número de casos: janeiro registrou 86 notificações, fevereiro 66, março 39, abril 28, maio 49, junho 45, julho 69, agosto 94 e setembro 77.
Especialistas alertam que a dispersão populacional em áreas de garimpo, agravada pela operação Xapiri-Sararé em agosto, contribui para a expansão da doença para novos territórios.
A SES/MT destaca que a mobilidade populacional elevada em áreas de transmissão ativa e o garimpo ilegal aumentam a vulnerabilidade das comunidades. O órgão recomenda atenção especial à vigilância clínica, com busca ativa em locais de risco, diagnóstico oportuno por testes rápidos (TDR) e tratamento imediato.
Além disso, medidas de controle vetorial, como distribuição de mosquiteiros impregnados e pulverização residual em localidades de alta incidência, devem ser intensificadas.
A gestão de insumos é outro ponto crucial, com monitoramento constante de medicamentos, testes laboratoriais e insumos necessários para o combate à malária.
A pasta ainda reforça também a necessidade de articulação interinstitucional entre secretarias de saúde, órgãos indígenas, FUNAI e empresas que executam planos de controle da doença, visando integrar ações de prevenção, diagnóstico e controle da transmissão em áreas prioritárias.
O aumento de casos evidencia uma tendência crescente da malária em Mato Grosso em 2025, especialmente em Aripuanã e Colniza. A rápida dispersão de pessoas em áreas de garimpo ilegal aumenta o risco de contaminação em novos municípios.
Por isso, as autoridades enfatizam a importância de intensificar a vigilância epidemiológica, o diagnóstico precoce e o controle vetorial imediato para evitar o agravamento do quadro de saúde pública no estado.
Fonte: Primeira Página