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O tenente-coronel da Polícia Militar de Mato Grosso, Alexandre José Dal Acqua, foi exonerado do cargo de comandante do 20º Batalhão da PM em Juína, após denúncias de estupro e duas tentativas de estupro. A decisão foi publicada na terça-feira (12), em meio a investigação conduzida pela Corregedoria da corporação. Uma reportagem do Jornal Folha de São Paulo detalhou as acusações contra o oficial.
Segundo a denúncia, recebida em abril deste ano pelo sistema “Fala, Cidadão”, o oficial teria estuprado uma estagiária que prestava serviços ao 8º Comando Regional de Juína, durante a solenidade de passagem de comando, no dia 19 de fevereiro de 2024, quando assumiu a chefia local.
Uma portaria assinada pelo corregedor-geral da PM, coronel Noelson Carlos Silva Dias, determinou a abertura de inquérito policial militar (IPM) para apurar as acusações. O afastamento foi decidido após uma das vítimas ser ouvida na segunda-feira (11/08). A Polícia Militar informou ainda que a Patrulha Maria da Penha foi deslocada de Cuiabá para Juína, a fim de ouvir uma segunda vítima e prestar apoio emocional às denunciantes e familiares.
A denúncia também aponta episódios posteriores de assédio. Em setembro de 2024, o militar teria puxado a estagiária pelo braço e exigido que ela saísse com ele, situação contida apenas pela intervenção de outros policiais. O inquérito cita ainda acusações de assédio contra uma policial civil do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), uma servidora da Prefeitura de Juína e outras mulheres em Aripuanã, cidade que estava sob a jurisdição do 8º Comando Regional.
Em nota, a PM afirmou que o processo tramita sob sigilo “por se tratar de denúncia de violência sexual contra mulheres” e reforçou que a instituição “não coaduna com nenhum tipo de crime ou atividade ilícita por parte de seus integrantes”.
A defesa do tenente-coronel, feita pelo advogado Geraldo Silva Bahia Filho, declarou que a exoneração não significa punição administrativa e classificou as acusações como “narrativas sem respaldo em fatos, que atacam a honra do militar”. Segundo ele, o oficial “mantém-se sereno, convicto de sua inocência e à inteira disposição da Justiça”. A defesa também criticou o vazamento de informações sigilosas à imprensa, alegando distorções e interpretações equivocadas.
Fonte: Folha de São Paulo